Sempre busquei viver da verdade, de verdade. Minha
personalidade foi sendo criada pelos meus corpos físico, mental e emocional. Vivíamos
numa realidade dual. Criei fantasias e acabei vivendo delas. O ego era apenas a
manifestação da personalidade e da reação frente a tal dualidade. O que me
impedia de ver a beleza que cercava. Mesmo quando a realidade me mostrava, eu
era incapaz de enxergar. Perdido em mim mesmo, queria apenas receber ao invés
de dar, retribuir. Tudo ia se realizando. Não uma segurança, mas um conforto. A
vida continuava se transformando, e eu era adaptável. Só alcançaria a
iluminação quando conseguisse me desidentificar destes corpos e ser grato pelo
que já tinha. Era exatamente isso que eu temia. Ter que ficar numa busca
infindável de alguém que pudesse compartilhar o que eu sentia. Espalhando minha
energia conforme me conectava com o outro, ansiando por algo que estaria por
vir, futuro. E por mais que eu dissesse, as palavras não expressavam, e eu
continuava dizendo. Provavelmente o ego continuaria reagindo ou dizendo coisas,
mas quando identificava que não era minha essência, me colocava como
telespectador e observava sem reagir. Agindo conscientemente. Não era
além, no que estaria por vir, futuro, que eu encontraria a minha própria mestria,
minha reforma interior. Ela já estava acontecendo. Tratando e dando daquilo que
fazia comigo. Cada um poderia encontrar a sua verdade. E eu tentava irradiar
pelo meu plexo para que ela fosse transmutada. Era do previsível que eu
esperava. Se colocava meu pensamento em algo, minha energia como um tubo se
conectava ao algo e eu perdia a plenitude. Cabia a nós sermos a mudança. Qualquer
sinal que saísse do contexto esperado, se tornava uma ameaça. Se tudo acontecia
com o tempo, de qual estaríamos falando? Mesmo com as diferenças, existia uma
dimensão de consciência em que estávamos todos conectados. Se o passado tornava
a voltar, ou o futuro insistia em aparecer, não havia nada mais que o presente.
Quanto mais vou esperar para que haja uma resposta? A intenção focada podia
criar e mover energia. O pensamento tinha poder. Para algo agir era preciso
sabedoria interior. E qual seria? A distância ganharia um novo significado a
cada novo passo. Éramos Luz primordial, uma centelha divina que chispava dentro
dos nossos corações. Para onde levariam as pegadas? Quem e quando ensinaram que
qualquer sinal de afeto poderia durar para sempre ou ser algo para se apegar de
tal forma que quando não tivesse estaria tudo destruído? O Amor era o caminho,
a verdade e o incalculável vazio preenchido de infinito. Teria que ser o amor?
A opressão continuava na consciência, inconsciente. Eu me encontrava sentado.
Sem vontade de revidar ou questionar o que parecia estar errado. Aguardando o
instante para dar o primeiro julgamento. Por onde olhasse, para onde eu fosse.
Eram militantes revoltados com a sua própria falta de competência. Só porque
você tinha deixado de fazer algo isso se tornaria errado para o outro? Sem
deixar que nada fluísse ou passasse entre os dedos. Tapando o sol com a mão
fechada. Ao mesmo tempo em que tapavam, tentavam espiar pelas bordas. Só se fosse
para si mesmo. Onde e do que andavas vivendo para deixar que as letras escapassem
e as palavras tomassem outro sentido? Éramos tão incapazes que não conseguíamos
enxergar que nossas formas de lutar, reprimiam qualquer chance de dar certo. Talvez
até tivesse te visto na mesma estrada que eu. Profissionais insatisfeitos, com
suas caras fechadas para mostrar que entendiam de alguma coisa, empurrando o balcão
com as barrigas. Não existia pecado em dizer eu não sei. Mas não íamos para o
mesmo lugar.
terça-feira, 16 de setembro de 2014
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
Now
Suddenly you get
completely disconnected from people. Felling you don't belong
to the place. Everyone is acting, pretending to be someone they don't even know it's not
true. Don't like the changes. Anger. Knowing
exactly how they act. Not able to be quiet or talk. Discernment, insight,
judgment. Comes back a fear, as something from past would return and make you
crow again. You only have the present. Could we live without any memory or gain
we experienced? Didn't mean
to possess anything, but when you treat it so right and the source starts to be
enjoyed, taken from you, becomes hard to share, although it was in your
discourse. The words without passing throughout the intellect. Body talks.
Banal things to do not allowing hearing your self-screaming.
Somewhere I can run to ride. Where I can transcend the matter, turning emotions
and thoughts, mental body into light. Can be big and small. With no gravity.
Full of emptiness. My
ambition is to become fearless.
Assinar:
Postagens (Atom)