Eu não sei o que cabe a mim que não cabe aos outros. No meio dessa
cidade, e entre prédios onde gritos se ecoam na madrugada. Entrei neste barco,
vejo pelas janelas, é fácil descer até o mar, e pisar entre pessoas, que cruzam
seu caminho. Esse o motivo de estar sem em cima da hora. Mistérios e aventuras
para serem desvendadas, entre riscos que corri para que essa história tivesse
algum sentido. Eu que não deixo de terminar um livro ou um filme (mesmo que
seja ruim). Onde a fé a esperanças se encontram no presente e se perdem quando
remetem ao passado e ao futuro. São olhares juvenis procurando entender a frequência
e os efeitos colaterais. Mentes criativas que se perdem em indagações que
insistem em continuarem escondidas. São colocadas à prova toda as suas insistências,
e pode ser difícil acreditar no que o destino preparou para você. Não que deva
ficar nas mãos dele suas decisões, ou planos, mas algumas vezes por mais que se
lute, não há batalha a ser vencida. Palavras são contorcidas e colocadas contra
você. O quanto vale uma discussão se ela é dialogada sozinha? São as pausas
entre uma cena e outra que você encontra o momento para colocar as coisas no
lugar. Um pouco doloroso encarar a verdade, mas pode ser que haja algum prazer
no final. Pode não ser um milagre, ou acontecer como planejado, mas ainda assim
ser uma vida. Aventuras fantásticas. Pessoas excepcionais. Lembranças inesquecíveis.