Foi mesmo de uma explosão que tudo começou. As coisas se moveram rápidas.
Tudo foi acontecendo de acordo como planejado, para que a escolha feita em
algum outro estado de consciência se materializasse. Já havia percebido que
algo dentro de mim tentava ir contra a fluência, e que a ansiedade existia em
toda parte. Um lugar onde as palavras não existiam, e se existissem estariam presas
na conexão de um lugar distante. O que acordavam não eram borboletas, mas sim
dragões, que vinham e se escondiam na sombra. O tempo não facilitava. Coisas
tão óbvias e tão escondidas dentro de si. Procurava atingir um sentimento que
se encontrava em algum lugar por volta, que era imenso, onde já havia experienciado
todas aquelas coisas, positivas e negativas, enquanto identificava ou recusava.
Aquilo que sentimos é o que queremos sentir, mesmo quando sentimos sem querer.