Eu não sei o que cabe a mim que não cabe aos outros. No meio dessa
cidade, e entre prédios onde gritos se ecoam na madrugada. Entrei neste barco,
vejo pelas janelas, é fácil descer até o mar, e pisar entre pessoas, que cruzam
seu caminho. Esse o motivo de estar sem em cima da hora. Mistérios e aventuras
para serem desvendadas, entre riscos que corri para que essa história tivesse
algum sentido. Eu que não deixo de terminar um livro ou um filme (mesmo que
seja ruim). Onde a fé a esperanças se encontram no presente e se perdem quando
remetem ao passado e ao futuro. São olhares juvenis procurando entender a frequência
e os efeitos colaterais. Mentes criativas que se perdem em indagações que
insistem em continuarem escondidas. São colocadas à prova toda as suas insistências,
e pode ser difícil acreditar no que o destino preparou para você. Não que deva
ficar nas mãos dele suas decisões, ou planos, mas algumas vezes por mais que se
lute, não há batalha a ser vencida. Palavras são contorcidas e colocadas contra
você. O quanto vale uma discussão se ela é dialogada sozinha? São as pausas
entre uma cena e outra que você encontra o momento para colocar as coisas no
lugar. Um pouco doloroso encarar a verdade, mas pode ser que haja algum prazer
no final. Pode não ser um milagre, ou acontecer como planejado, mas ainda assim
ser uma vida. Aventuras fantásticas. Pessoas excepcionais. Lembranças inesquecíveis.
terça-feira, 6 de outubro de 2015
sábado, 19 de setembro de 2015
Epistolo para Maxime
O vaso quebrou-se
na parede. Acabou eu disse,
Amarrado entre
terra e pétalas, estava decidido, morrera.
Os seres em forma
de animais se tornaram um passado de dúvidas
Todos os momentos e
ilusões passaram:
Com raiva nos olhos
e troca de passagem,
Ele decidiu virar a
página sem direito a segunda chance.
Um apartamento que
pode me proteger, ou paredes que me escondam?
Elas imprimem minha
ida para ficar;
Por água, ar ou
fogo, a chance de estar só foi renovada.
Parou-se a Terra
para que tu pudesses colocar seus pertences no bagageiro.
Sem lugares
sagrados, nem em meu corpo;
Todos os dias
soavam como uma renovação transcendente para mim;
Então as fotos
capturadas que saiam do ritmo dos seus dedos,
Felizes me
encontraram na hora do jantar.
Se tiver alguma
razão para perder-se na bebida,
Para afogar as
magoas e acordar com a culpa,
Comparam-se a
colocar-me na cruz todos os dias,
Quem se importa
quando eu deveria estar feliz?
Sobrou alguma tinta
para ser escrito no papel
Com suas telas de
pinturas de formas para serem penduradas na parede?
Todo o voo será
culpa das suas emoções
Porque não
conseguiste me fazer feliz.
Aquele que renegou
as Leis do Amor,
Culpou-me por não
ter dado o suficiente:
Pobre coitado
aquele que foi deixado,
E maldição àquele
que partiu.
Um amigo para quem
teve coragem de deixar o que já tinha acabado
(e não precisa
ficar do meu lado só porque o mundo parecia estar tocando fora de tom).
Que praga pode ser
removida,
Ou qual deve ser
acrescentada para que acabe o sofrimento de um louco ou um amado?
Um grande dilema!
Em ambos os casos estou perdido.
Se tolos podem
escrever, o que amigos irão ler, eles me lerão em dor.
Sem medida ou
julgamento para quão cruel foi!
Quem não pode ficar
em silêncio, e quem não irá mentir.
Rir, quando a graça
e a bondade estiverem por perto,
E ser bravo,
excedendo o poder da face.
Eu sento com uma
triste civilidade, escrevo;
Com uma angustia
honesta e uma cabeça confusa;
Uma lágrima afinal,
mas que não sai dos olhos;
E uma recomendação,
“Espero que você esteja segurando firme”.
Oito meses, e agora
ele chora pelo que se foi em menos de um,
Alto o suficiente
para que as partes quebradas sejam colocadas de volta,
Em um ritmo que o
acorda, e o atormenta no final,
Obrigado pela
raiva, e pedidos dos que ficam:
“Qual parte você
acredita estar incorreta? Porque querer pegá-la,
Todas as
submissões, o que você fez com ela, faça.”
Três pedidos para
algum outro contato,
A amizade, um
epistolo e cem mensagens.
“O hospede me
envia: “Você é da arte;
Eu gostaria de uma
vaga; poderia me dizer o valor?”
“Eu recebi seu
pedido, ”mas sem te conhecer
Sinto informar que
preciso de alguém que conheça melhor.
Seria idolatria
querer preservar minha pátria? Mas te convido para um temporada.”
Ele vai entrar na
minha vida e vai se tornar um ser divino.
Abençoe! Um maço –
e esse estranho vicio
Uma tensão virgem,
um maxilar inspirador.
E seu eu não gosto
de fúria, da morte e da vingança;
Se eu aprovo o que
você quer expor no palco.
Ali, vão as minhas
estrelas, minha comissão que termina
Elas brincam e
felizmente não somos amigos.
Primeiro foi a casa
que o rejeitou, eu apenas imprimi.
E viva os tolos –
seus interesses não eram os meus
Interesses que
saíram caro no final:
“Se quiser podemos
considerar o seu preço.”
Todos os guardiões
se preparam para o ataque;
No final ele
suspira, “Faça e viraremos cobras.”
Para manter seguro
eu tranco a porta pelo lado de dentro,
Não os deixo ver
meu trabalho e nem a mim.
Meus ouvidos se abrem
a primavera
(para o que
turibule como uma pessoa sagrada e um rei)
Onde o seu ministro
vai espiar primeiro,
(alguns dizem seu
escudo) e és forçado a soprar, ou anuviar.
E não será o que se
diz meu amigo
Que irá fazer
quando passar isso tudo, cuspir no meu rosto?
Quem lida com
coisas perigosas
Eu gostaria de
nomeá-los guardiões ou reis;
Mantenha sua mente
na luz, que ela chegará ao seu coração.
Isso não é nada.
“Mas e seu eles estranham e mordem?”
Sem a sua
hipocrisia, que deseja anunciar um segredo,
Um segredo de tolo,
que pode ser perigoso.
A verdade uma vez
me disse (e por que ela iria mentir?)
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
De uma descoberta, anunciada em sonho
Foi mesmo de uma explosão que tudo começou. As coisas se moveram rápidas.
Tudo foi acontecendo de acordo como planejado, para que a escolha feita em
algum outro estado de consciência se materializasse. Já havia percebido que
algo dentro de mim tentava ir contra a fluência, e que a ansiedade existia em
toda parte. Um lugar onde as palavras não existiam, e se existissem estariam presas
na conexão de um lugar distante. O que acordavam não eram borboletas, mas sim
dragões, que vinham e se escondiam na sombra. O tempo não facilitava. Coisas
tão óbvias e tão escondidas dentro de si. Procurava atingir um sentimento que
se encontrava em algum lugar por volta, que era imenso, onde já havia experienciado
todas aquelas coisas, positivas e negativas, enquanto identificava ou recusava.
Aquilo que sentimos é o que queremos sentir, mesmo quando sentimos sem querer.
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