Temos trabalhado de formas distintas para o mesmo propósito, a expansão da consciência e o encontro com o Eu Superior, o Eu Verdadeiro. Estamos todos sentados a mesa. Infelizmente somos de matéria e ficamos vulneráveis a isso algumas vezes. Perdemos nossa essência, que deveria tomar o assento principal, e damos lugar as personas que ficam escondidas na sombra se manifestarem e tomar posse de algo ...que não é dessa realidade. A personalidade nos consome enquanto carne. Também tenho medos e bloqueios. Encontramos no caminho pessoas que nos colocam frente a frente com eles. As relações são a forma mais intensa e viva de compreendermos quem somos e para que tudo isso serve. Acredito em nós. São as nossas diferenças que nos acrescentam. Eu também me assusto. Mas o que seria de nós se não fossemos nós mesmos. As realidades são únicas e como a compreendemos em nós e nos outros também. O tempo não existe. A ilusão ainda é o pouco que conhecemos desse grande mistério. Sou grato por todos os monstros que tem feito aparecer em mim. As relações são para acrescentar. Eu não quero desejar que seja meu. Nem eu sou meu. Acho que as coisas estão bem claras para você. Não vou mais te pressionar, pois eu não sou de colocar os pássaros em gaiolas, e ninguém vai conseguir te pegar, apanhar. Não vou ser eu que vou tentar. Te aceito como pássaro livre!
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Eu me perco
Eu não queria me perder em você. Nem sei do seu paradeiro, nem com quem andas, se tem outros. Mas eu me peguei com ciúmes do ar que entra e passa por dentro do seu corpo, do sol que toca sua pele e do seu sangue que circula dentro do seu coração, que ele próprio vibra. A intenção era não me deixar envolver assim. Talvez esteja apenas envolvido em mim. Quando me pego, me percebo, já me perdi em você, entrei na sua vibração, mesmo que longe. No mundo que me ofereceste, nas oportunidades que surgiram. Eu me perco.
Puro Teatro
E o que seria senão peças se encaixando, sem espaços para preencher.
Conexões e constatações. Discussões e conclusões sem sentido algum, um para o
outro. Traços e riscos seguindo para formar alguma forma. O jogo de palavras,
do desvendar o que dizer. De tocar sem continuação, de vibrar com as partículas
e de prever o amanhã. Guardando toda e qualquer recordação, para que fosse
possível voltar ao passado. Teclar na mesma tecla. Um faz de conta. Tocar no
nome de quem não está presente. Sem limites. Viver porque sou jovem, sem
compromisso e se mostrando superficialmente. Não ser mais aquela criança, mas
carregar toda aquela bagagem. Descer do pedestal. Isso tem que ter algum
proveito. Do mundo fantástico, daquele que é único. Um dia tudo acaba. Sonhar
os teus não sonhos, do outro. A satisfação do teu carinho. Brincar
repetidamente, com os mesmos artifícios. Vamos esperar por eles lá. A vida se
põe em risco. Puro teatro. Não temos tempo, tudo pode ficar melhor. Mais um vez
recomeçar.
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Camaleão
E de repente a teoria ficou para trás e os
conceitos não serviam mais. Todos os textos lidos e os estudos feitos foram
necessários para o que estava por vir. A busca pelo autoconhecimento, o
descobrir de si mesmo poderia começar a fazer algum sentido, mas viraram quase
que crenças. A vida definitivamente não tinha sido feita pela razão. Todo
aquele aprisionamento, dentro daquele casulo que durou quase quatro outonos,
poderia enfim ter a sua metamorfose. Ser o que podias ser, sem ser escravo do
que fizeste. O mundo deixou de ser o seu ideal, as coisas deixaram de ser o seu
real. Algo fez renascer o que já existia ali dentro. E velhos hábitos quiseram
tomar posse do que estava para começar. Estava para acabar a briga com o
existir. Eu tinha sede de água e fome de pão, não de carne. Nem tudo tinha
previsão, e o acaso passaria a ser meu guia. Não demorou muito tempo para que a
impaciência fosse embora, e as angustias também, porque monotonia eu não teria
com você. Eu não trabalhava para nada e
nem para ninguém, afinal não seria possível entender por onde ou qual caminho
estava andando. Talvez tivesse árvore e terra ao redor, e eu procurasse pela
cachoeira. Até compromissos eu perdi e me enchi deles, agora estava liberto. Eu
me desfiz de barreiras para te receber, e você chegou feito um animal, aquele
que se adapta ao cenário e eu teimo em esquecer o nome (camaleão?). Se sentiu a
vontade, se debruçou sobre o chão e até chegaram a pensar que te conhecia a
muito tempo. Aquele que chega do nada, e trás luz até para o escuro. Um dia me
disseram que isso ia acontecer. Não sei se foi a muito tempo ou quando jogaram
os búzios em meio aquela cesta cheia de pedras recentemente. Quisera eu tivesse
um mar para transbordar ou um mundo mais convidativo. As palavras que saem da sua
boca não se parecem com o que se passa na sua mente, que se perde e se encontra
dentro a devaneios. Eu troquei o dia pela noite, como as vezes fazem os bebês.
Aprendi a nadar para não me afogar. Eu só sei entrar de cabeça, da hora de
ficar ou de partir. Cada vez eu fico mais solto e preciso de menos artifícios
para isso, mesmo com minhas pernas bambas. Hoje preciso de inspirações
masculinas, com vozes brandas, corações apertados e músicas tranquilas. Um em
um milhão. Chega de ensaiar papéis, que comece o show!
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