segunda-feira, 24 de junho de 2013

Movimento da máquina humana

 

A gente caminha, não importa a direção. Para dentro ou para fora, longe ou perto. Encontramos meios para não usarmos somente o que temos naturalmente. Chamamos de amigos as máquinas, com mensagens de texto quase convincentes. Prestamos atenção nas coisas. Qualificamos, damos cor e significado. Sempre com a nossa percepção e realidade. Adquirimos isso inconscientemente. Aprendemos e nos sentimos vangloriados e detentores do conhecimento. Transitamos com a ignorância. Muitas vezes não enxergamos, a nós e aos outros. E prestamos atenção e internalizamos o que nos dizem. Criamos máscaras e muros de proteção, para que ninguém nos conheça de verdade. Expomos a nossa obra e vendemos o que parece ser nosso mundo. Divertimos as pessoas, somos inspiradores. Mostramos como nossa vida está encantadora, mas não conseguimos nem um desabafo pessoalmente. Queremos ser os primeiros, os únicos, e que as coisas sejam do nosso jeito. Assim nos preparamos e nos antecipamos aos acontecimentos. Os problemas do mundo nos machucam, mas não conseguimos ver com o quanto de fome nosso espírito se encontra. Estamos presos por portas e janelas, vendo nossa vida passar na tela da televisão. O que nos querem vestir e pensar. Basta mudar de canal para projetar qual a próxima personagem que vamos nos inspirar para buscar se relacionar. Eu gosto de pessoas e não da carne.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Acalme-se, estamos dormindo

 

Começou como uma tristeza

, uma insatisfação de que tudo parecia estar errado. E não era apenas o mundo ou as coisas, mas começava por dentro. Um reflexo. A sensação mais forte era de rebentar, querer fugir de tudo, afinal as coisas parecem ser mais fáceis quando a gente foge ou culpa alguém.

Daí veio uma grande solução:

deixar de achar que as coisas teriam de ser diferentes. E as coisas eram tão gostosas no decorrer do dia. Não tinha necessidade de ser todo o dia igual, sempre o mesmo. E as pessoas não deveriam mudar, era tão bom quando eram elas mesmas. Mas a busca para uma solução, para sair daquela sensação, não era uma coisa que desaparecia quando as respostas surgiam. Quando menos se esperava ela estava lá. Primeiro foi uma grande viagem, e agora uma embarcação, só que não havia mais ninguém além de si mesmo.

Num respirar tudo parece ser mais real.

Na sua sanidade, tudo parece ilusão, até mesmo você. E conforme as pessoas vão duvidando, você também vai. Acham que sabem o que você sente ao mesmo tempo em que te sentem diferente. E você acha que sabe o que as pessoas são, enquanto elas observam você não ser o mesmo. E tudo o que você procura é um lar dentro de você, onde vai colocar o seu mundo e as suas pessoas. Não parece fazer sentido, mesmo sem precisar ter, você querer criar algo para conviver com os outros.

A constelação de estrelas que faz o céu brilhar,

e as vidas que acontecem todas ao mesmo tempo, mesmo as passadas e futuras; nada resiste ao tempo e ao espaço, pois isso só existe para nós. Nesse momento nada faz muito sentido, principalmente o sentimento. É como uma explosão, supernova.

Quando dormes parece que tudo vai embora,

mas quando acordas pela manhã, vê que todo o sonho poderia ser a realidade. Somos todos poeira, numa grande avenida, sob o asfalto e embaixo dos carros. Será que dá para deixar de ser assim? Quem busca respostas, não liga para as perguntas. Se ligares demais para as perguntas, com certeza não achará as respostas. Quando se cria a pergunta, começa a teoria. As coisas às vezes, simplesmente, devem ser e não pensadas. A vida é para viver, mesmo não fazendo sentido algum. Quando as vozes cantam, são para serem ouvidas. Se a dúvida existe, é para ser criada.

Começa a parte engraçada,

que também pode ser curtida. Mesmo se não tiver muito que pensar, ou sentir. É impressionante como as melhores coisas acontecem quando você não está nem um pouco com o juízo de si. O controlador controla tudo dentro dele, mas não pode controlar o acaso, e a única coisa que serve pro acaso, é ser espontâneo. Pode existir um padrão, mas não para o que tem que ser diferente.

E com o conhecimento vêm à transcendência.

O medo só existe para ignorância, e amor será sempre o oposto disso.

Quando algo passa tão rápido que você quer que se repita.

E você não tem como se proteger da chuva; ou não ganha o beijo roubado. São tolices, banalidades, e a parte divertida de ser um simples mortal. Assim que a manifestação passar, e das assinaturas vê-se todos os espetáculos, o coração pode bater mais forte. E aquelas agulhas podem continuar te ajudando a ser um furacão dissertativo.

Exatamente a língua que você queria aprender.

A mesma língua que você quer sentir. Será que é possível passar a pronúncia pela saliva. Isso nunca pareceu uma possibilidade mais viável, agora que os óculos fazem parte desse rosto. Será que tem algo em que devo investir ou é melhor deixar continuar acontecendo o que tiver de ser?

Sei que não vai fazer sentido,

principalmente para mim, se dizer que estou sentindo algo nesse peito, que raramente se consegue perceber. E parece que até a estação é a mesma que eu gosto.

E como na vida real o invisível faz aparecer.

A volta à realidade é sempre a parte mais dura. Faz-se um silêncio, e quando você acha que está em paz, vêm uma melodia no fundo, e todas as profecias em forma de pensamentos e dúvidas e perguntas se voltam contra você. Não basta o agora e o para sempre?

terça-feira, 18 de junho de 2013

Por Enquanto

 

Eu não sou fácil de impressionar, até com grandes coisas

Nem mostro ou demonstro meus sentimentos com facilidade

E falar é algo quase tão raro quanto o ar e o respirar

Se não agir ou disser direto eu não vou entender

Só tomo atitude quando acho que vale a pena

Se as coisas não são do jeito que quero eu me transtorno (principalmente dentro de mim)

Um turbilhão de ideias e pensamento transborda em minha mente

Eu só falo o que eu quero dizer, não o que se espera (mesmo que às vezes seja)

Mas eu me sinto só metade apaixonado por esse momento

Não podendo confessar a outra parte (por enquanto)