quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

RAncor NUnca BIca Ovo


Primeiro não queria partir. Pegar um trem desconhecido para lugar nenhum. Tudo o que é novo desespera. Onde quem lhe espera não é familiar. E das dúvidas da sua capacidade de compartilhar, o que por vezes nem mesmo lembra acreditar. Quando as dúvidas surgem e o que lhe resta é continuar. Das certezas de que não deves envolver terceiros nos assuntos que só condizem a ti. Eventos diversos que te fazem questionar se realmente estás seguindo pelo caminho correto. Dos pesadelos que te deixam acordados mesmo quando chegas a exaustão. Dentre dias ou outros, onde senhoras aventureiras acompanham a jornada de forma descontraída. Descobrir em qual momento se encontra. Se suas ações condizem com o que realmente deseja. Onde o acumulo de informações são apenas recordações do que um dia foi estar junto de ti. Que para descobrir tive que passar por outras experiências cheias de intensidade e finais. Onde cada vez meu coração se despedia, partindo em pedaços, para se juntar de novo e formar o que sou hoje. Quantas vezes o coração pode se reconstruir? Entrelaçando os braços e sendo grato. Porque música foi o que ouvistes enquanto eu falava. Uma voz do desejo de reviver os amigos que fiz, que gostam de mim, apesar de quem sou. Agradecendo aos que já foram e me ensinaram. Que levam a outros mares. Que tomaram outros rumos. Que partem as pedras. Encurtam o caminho. É a mim quem tu libertas. A fragilidade da rocha. Da imensidão. Na tua presença. Momentos de nós. Da música que faz meus momentos, e juntamente com a chuva, contemplo as noites. Nos braços da paz. Que enche os mares e raia o novo dia. Recomeçar.

Compartilhar do ser que és, despertando e me permitindo meu melhor, sendo um. É lindo e puro. Cada um fazendo parte disso, porque estamos todos ligados. Colocar a cabeça no travesseiro e ser transportado para o carinho do toque, para a sutileza do olhar, para a suavidade do beijo. Dentre tantas pessoas que passaram, que admiraram, e o mais bonito além de ser, reconheceram. O mais importante é que fomos atraídos pelo bem um do outro. Somos amor, além dos traumas, limitações e preconceitos. Para além do corpo, e onde o tempo não existe, clamando para ser lembrado. Tudo vale a pena em pequenos instantes que se eternizam no sentir de curtos segundos. Partindo de coração ardente em lágrimas de felicidade de amor, com a certeza da missão cumprida através da arte. Nada acontece por acaso e tudo o que passamos é preciso apenas para provar que o que importa é fazer o bem. Não temos como prever, e a gentileza é uma benção. A turbulência de passar de uma corrente de ar para outra. Por fim não queria voltar.