segunda-feira, 24 de junho de 2013

Movimento da máquina humana

 

A gente caminha, não importa a direção. Para dentro ou para fora, longe ou perto. Encontramos meios para não usarmos somente o que temos naturalmente. Chamamos de amigos as máquinas, com mensagens de texto quase convincentes. Prestamos atenção nas coisas. Qualificamos, damos cor e significado. Sempre com a nossa percepção e realidade. Adquirimos isso inconscientemente. Aprendemos e nos sentimos vangloriados e detentores do conhecimento. Transitamos com a ignorância. Muitas vezes não enxergamos, a nós e aos outros. E prestamos atenção e internalizamos o que nos dizem. Criamos máscaras e muros de proteção, para que ninguém nos conheça de verdade. Expomos a nossa obra e vendemos o que parece ser nosso mundo. Divertimos as pessoas, somos inspiradores. Mostramos como nossa vida está encantadora, mas não conseguimos nem um desabafo pessoalmente. Queremos ser os primeiros, os únicos, e que as coisas sejam do nosso jeito. Assim nos preparamos e nos antecipamos aos acontecimentos. Os problemas do mundo nos machucam, mas não conseguimos ver com o quanto de fome nosso espírito se encontra. Estamos presos por portas e janelas, vendo nossa vida passar na tela da televisão. O que nos querem vestir e pensar. Basta mudar de canal para projetar qual a próxima personagem que vamos nos inspirar para buscar se relacionar. Eu gosto de pessoas e não da carne.

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