O
ato original era não ser remetido a nenhuma lembrança que pudesse ser acometida
naquele momento, porém já havia sido determinado que a ignorância iria
corromper qualquer sanidade ou purificação que pudesse estar contido naquele
ser. Foi mesmo uma entrega, mesmo que não completa. Quando a luz se tornava
mais intensa, menos buracos continham na peneira, para que a sombra pudesse
tomar conta e quem em sã consciência não enlouqueceria com tanta informação,
com tantas verdades e inúmeras mentiras? Pois não basta conhecer a estrela
chamada ilusão, você tem que viver dentro dela. Foi então que ali, em meio a
todo aquele batuque e todos aqueles seres encarnando sua energia que tiveste a
maior mistura de todas as dúvidas. Já não bastava ouvir de quantas pessoas
fossem preciso, agora era seu coração quem ditava, mas ainda existia tudo que
tinha sido vivido e internalizado, de traumas ou crenças, acrescidas ou não de
cargas positivas. Diziam de ele ter a personalidade forte, só não era possível
entender qual era o propósito disso. Era preciso lhe dar um prêmio, por receber
de presente um sentimento que ele não podia lidar e que mesmo assim continuou
segurando, só não como a um bebê, pois ele não tinha forma. Era sentir e agir.
Como ia passar no coração se a vibração era tão diferente? Conseguiram tocar e
confundir sua mente, mas não era possível corromper a essência. Era típico de
um artista, ouvi dizer. Quando sonhava era o mesmo nome que se ouvia, que
acordavam as velhas lembranças. E parecia que elas se tornariam presente de
novo, mas dessa vez a sabedoria que a luz já havia tocado sua consciência não
deixaria que o medo tomasse qualquer atitude. Era o amor a chave que sempre
esteve e que faltava ser testada.
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